TORNOZELEIRA FROUXA: Um esquema que cobrava até 30 mil e que era deixado até com cachorros

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O esquema foi descoberto após uma advogada, condenada por assassinato, ser detida em um shopping no Rio de Janeiro

Por André Felix | Fotos: Divulgação

 

A polícia civil do Rio de Janeiro, junto com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), descobriram um esquema para que bandidos se livrem de tornozeleiras eletrônicas. O crime articulado pelo agente penitenciário Douglas Reis de Andrade, foi descoberto após uma investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Segundo o inquérito, o agente penitenciário ganhava, de 20 a 30 mil, para deixar os aparelhos frouxos. Com isso, presos conseguiam deixar a tornozeleira em casa, em bolsas e até mesmo presos a cachorros.

O esquema foi descoberto após uma advogada, Simone Pontes de Melo, que foi condenada a 14 anos de prisão por matar o marido, e que cumpria a pena em regime semiaberto, ser flagrada com a tornozeleira eletrônica dentro de sua bolsa em um Shopping da Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, no início de Abril.

Em depoimento, Simone disse que a tornozeleira foi instalada por Andrade, de maneira flexível, para que ela conseguiu-se retirá-la com facilidade. Falou ainda que o agente pediu à advogada que indicasse outros presos. Uma testemunha revelou que Andrade passou então a cobrar os valores para instalar cada tornozeleira eletrônica de uma forma que pudesse ser retirada.

Os registros de movimentação da Seap indicam que centenas de condenados passam o dia com os equipamentos completamente parados. O agente Douglas Reis de Andrade foi afastado da função na Seap. Já a advogada Simone prestou depoimento e foi liberada com um novo equipamento. Agora, a Justiça determinou que a advogada voltasse para a cadeia, mas o sinal da tornozeleira desapareceu, e ela também.

 

 

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