Drogas digitais e seu avanço nefasto sobre a Saúde Mental de toda a sociedade moderna

Ciência do vício

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Por Silvia Pereira/ Fotos: Arquivo

Publicado em: 27 de novembro de 2024 às 14:26

 

 

“Não vejo como algo irracional conceituar um smartphone como semelhante a um maço de cigarros, em termos de potencial viciante. Todas as escolas primárias deveriam abolir os celulares”

Essa declaração é da psiquiatra americana Anna Lembke, de 55 anos, em uma recente entrevista sobre o tema para a revista Veja.

Ela que é uma das mais respeitadas especialistas em dependência química da atualidade.

Professora da Universidade Stanford e chefe de uma clínica da instituição, voltada para o estudo do tema, ela se tornou popular ao falar de vícios e transtornos de Saúde Mental de forma simples, acessível e esclarecedora.

Seu livro Nação Dopamina (Editora Vestígio) já é best-seller mundial

Nação Tarja Preta chegou ao país recentemente como um alerta sobre o crescimento nas prescrições de opióides e psicotrópicos. Na entrevista à VEJA, Lembke fala sobre os perigos das chamadas “drogas digitais”

No Rio, o tema já é discutido no Poder Legislativo através Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que vota hoje, em primeira discussão, nesta quarta-feira (27/11), o Projeto de Lei 1115/2019, de autoria do deputado Márcio Canella (União), que propõe a criação do Programa “Realidade Virtual em um Mundo Real” na Rede Pública de Saúde do estado. O objetivo é atender e prevenir a dependência de Internet e redes sociais.

Caso receba emendas, o projeto sairá de pauta.

O projeto estabelece critérios para identificar usuários compulsivos, como uso excessivo associado à perda de noção do tempo, sintomas de abstinência e repercussões negativas no cotidiano.

A iniciativa prevê o acompanhamento por uma Equipe Multidisciplinar composta por Médicos, Psicólogos, Psiquiatras, Assistentes Sociais e outros profissionais da área de Saúde.

Entre as ações propostas estão a promoção de estratégias como:

  • Gestão do tempo;
  • Identificação de Gatilhos emocionais e comportamentais,
  • Treinamento para controle de impulsos e
  • Melhora das habilidades sociais.

O Programa destaca ainda, a grande importância do envolvimento familiar, especialmente no tratamento de crianças e adolescentes.

Na justificativa, o deputado Márcio Canella ressaltou que, o uso compulsivo de Internet pode causar danos semelhantes à Dependência Química, afetando a saúde mental, o desempenho escolar e a qualidade de vida dos usuários.

“O projeto surge como uma resposta à crescente necessidade de políticas públicas que abordem essa nova realidade social e tecnológica”. Conclui o Deputado Márcio Canella, o autor da proposição.

 

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