Casos de gripe aviária fazem ministro da Agricultura declarar emergência zoossanitária no país

h5n1
1_gripe_aviaria-29075879
h5n1 1_gripe_aviaria-29075879

Medida serve para evitar a proliferação da doença em todo o território nacional

Por: portal 8K | Fotos: Agência Brasil

 

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou, na segunda-feira (22), na edição extra do Diário Oficial da União, estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1 – em aves silvestres no Brasil.

Até o momento, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo (nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim) e um no estado do Rio de Janeiro (São João da Barra). As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real). O Ato do ministério da Agricultura e Pecuária vale por 180 dias e trata-se mais de uma medida para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

“A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. Todos esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, disse o ministro.

 

Governo do Rio reforça ações preventivas

As secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) do Rio de Janeiro emitiram nota técnica aos 92 municípios fluminenses orientando sobre o manejo adequado de aves silvestres. Ele só pode ser feito por profissionais habilitados e com uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). No momento, não há contaminação do vírus H5N1 em humanos.

Em São João da Barra, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Campos dos Goytacazes, com apoio técnico do Cievs da SES-RJ, identificou 12 pessoas que tiveram contato com a ave silvestre contaminada. Somente quatro apresentaram sintomas respiratórios e tiveram sangue coletado para exames. As amostras foram enviadas ao Lacen RJ – Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels do Rio de Janeiro, no domingo (21), e encaminhadas, nesta segunda-feira (22), à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência para o caso.

Técnicos da Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).

×