Alessandra Correia está desempregada há mais de dez anos e vende milho para ajudar a pagar o aluguel. O ato foi organizado pelo movimento Unido dos Camelôs para reivindicar seus direitos
Por: André Felix | Fotos: Divulgação
Um ato especial de reivindicação parou a câmara dos vereadores do Rio nesta quinta – feira (27). Por volta das 05:30 da manhã o protesto começou. Duas ambulantes se acorrentaram na porta da câmara municipal. Por volta das 10hs, mais duas mulheres se juntaram ao protesto. Os camelôs que trabalham no bairro de Copacabana, na zona sul da cidade, reclamam que as confusões recentes têm marcado fiscalizações da prefeitura, principalmente na orla no bairro. Na semana passada, uma vendedora de milho Alessandra Correia reclamou da ação dos agentes da Seop no calçadão, agindo com truculência e a paisana, ela e outros trabalhadores foram surpreendendo no finais de semana.
“A reivindicação do nosso ato é sobre o Eduardo Paes, porque, ele fez toda a campanha dele falando que não ia perseguir os camelô e, mais o que ele tá fazendo é covardia com camelô lá em Copacabana né! Eduardo Paes tá colocando homens a paisana, jogando spray de pimenta, cassetete, né.. com arma de choque; já chegam abordando a gente como se fosse criminoso, tomando nossas barracas, nossas mercadorias. De sábado pra domingo levaram minha barraca eu trabalhando na orla de Copacabana. Levaram todos os meus pertences até minha maquina de cartão levaram pra você ter noção”. Disse Alessandra Correia – Camelô
Segundo o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnavale, a prefeitura faz um trabalho de inteligência para apreender mercadorias de procedência duvidosa. O mesmo disse que também criou o programa Ambulante em Harmonia, sendo mais de 500 licenças dadas desde 2021 e mais de mil equipamentos para os trabalhadores informais, estudando os mapeamentos dos espaços públicos.
O que diz a Prefeitura do Rio
Sobre a reclamação dos ambulantes da não colocação de lacres nas mercadorias apreendidas pelos agentes, a Secretaria de Ordem Pública negou, e disse que todos os materiais apreendidos são lacrados, e que todos os vendedores recebem um protocolo que os autoriza a retirar as mercadorias dos depósitos para onde os produtos são levados.
Sobre as denúncias de truculência dos agentes contra os ambulantes, a Seop disse que, muitas vezes, durante as abordagens, os camelôs resistem às ações e atacam as equipes, se tornando necessário o “uso diferenciado da força”.