PCC executa ex-aliado
Por Silvia Pereira / Fotos: Reprodução
Publicado em: 10 de novembro de 2024 às 23:46
De acordo com fontes do caso Gritzbach, logo após as mortes de dois membros influentes da organização criminosa PCC: Anselmo Becheli Santa Fausta, vulgo “Cara Preta” e Antônio Corona Neto, vulgo “Sem Sangue” ainda em dezembro de 2021, começa a onda de ameaças a Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, acusado das mortes, além de desvio de dinheiro.
Isso porque, Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Ele apontava movimentações financeiras de “Cara Preta” e indicava a lista de imóveis que ele possuía, em nome de laranjas, em diversos prédios de alto padrão na capital paulista.
A partir de então, a “cabeça” de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach passou a valer R$ 3 milhões, oferecidos pela facção do Primeiro Comando da Capital (PCC), para eliminá-lo.
E finalmente agora, passado três anos do crime, o empresário envolvido com negócios da facção da lavagem de dinheiro e suspeito das mortes dos dois comparsas, foi alvo de um atentado na tarde desta sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, um dos mais movimentados do país, quando foi atingido e morto com 10 tiros, numa ação clara de vingança e “queima de arquivo”.
O empresário também era alvo constante de policiais que tentavam extorqui-lo por conta das ameaças que ele recebia da facção. Gritzbach passou a andar sempre com segurança armada após as ameaças. Policiais militares, inclusive, atuavam na escolta dele.
O advogado Ivelson Salotto, que atuou por anos na defesa de Gritzbach, afirmou que o acordo de delação premiada que ele fechou com o Ministério Público (MPSP) potencializou as ameaças. “Sabia que isso ia acontecer, foi a sentença de morte dele”, declarou.